GustavoKunn - Tradução - SCP-4158
Item Nº: SCP-4158
Classe do Objeto: Euclídeo
Procedimentos Especiais de Contenção: SCP-4158 deve ser mantido em uma cela na Zona de Contenção Mediana do Sítio-64. A cela deve ser equipada com calha de 5 metros na parede leste. SCP-4158 deve ter seu excesso de massa removido e ter sua cela limpa uma vez por semana, a menos que um teste esteja sendo realizado. Os raios X devem ser realizados em SCP-4158 antes e depois da tosquia. A carne removida deve ser incinerada. SCP-4158 deve ser alimentado com uma dieta de carne crua, feno, madeira e tijolos. O monitoramento cosntante não é necessário, embora SCP-4158 deva ser verificado no mínimo três vezes ao dia. Em uma situação onde o crescimento não pode ser regulado, a classe do objeto deve ser reavaliada.
Descrição: SCP-4158 é uma criatura bovina medindo 3,4 metros de altura e 5 metros de comprimento no momento da escrita. Sua pele é fina, parece translúcida e rasga facilmente. SCP-4158 é parcialmente cego e tem uma cabeça bulbosa que não tem características de um bovino do qual compartilha suposta linhagem. SCP-4158 é autoconsciente e dócil, não reconhecendo os funcionários durante sua alimentação ou limpeza de sua cela. SCP-4158 não produz excrementos.
SCP-4158 está constantemente crescendo em tamanho e peso. Como tal excesso de massa deve ser removido todas as semanas. Os testes mostraram que limitar a dieta de SCP-4158 não limita seu crescimento. Testes adicionais mostraram que qualquer carne removida de SCP-4158 não exibe o mesmo crescimento constante. A carne produzida por SCP-4158 é carne bovina USDA de grau utilitário e não apresentou propriedades anômalas. Apesar disso, a carne resultante deve ser incinerada como medida preventiva
Quando SCP-4158 não tem seu excesso de massa removido, novos recursos começam a se formar, incluindo membros, genitálias e, em casos raros, órgãos. A anatomia e a localização dos crescimentos externos, são aparentemente aleatórias. Em sua maior dimensão, SCP-4158 cresceu para 8,5 metros de altura e 9,8 metros de comprimento, apresentando sete pernas, quatro estômagos, dois pênis, cinco testículos e três línguas antes de a Fundação impedir o crescimento posterior. O teste foi interrompido depois que SCP-4158 começou a mostrar evidências de geração de tecido neural.
SCP-4158 foi encontrado em Crewdson, Indiana na manhã de 16 de dezembro de 2004. Chamadas para o controle de animais foram feitas por vários moradores sobre uma grande vaca com sarna vagando pela Rodovia 17. Dois oficiais do controle de animais foram enviados para invenstigar as denúncias. Após a descoberta de SCP-4158, os oficiais do controle de animais contataram o departamento de polícia local às 9:39. Uma instalação da Fundação contatou o Sítio-64 para enviar os especialistas em contenção para transportá-lo. Os amnésticos de Classe A foram administrados aos oficiais de controle de animais e o caso foi encerrado, relatando-se como sendo uma vaca com sarna que foi abatida no local.
SCP-4158 foi transportado para o Sítio-64 às 12:46 sem oposição de SCP-4158. Especialistas em Contenção rastrearam a origem de SCP-4158 até um matadouro chamado Butcher's Block, onde um funcionário, Barney Mossman, e o gerente, Jeff Fine, foram encontrados e levados à custódia da Fundação. Mais um funcionário, Rory Gildson, foi encontrado posteriormente em sua residência em ███ ████ ██████, após ligar dizendo que estava doente naquele dia.
Todas as três pessoas foram levadas ao Sítio-64 para interrogatório.
Registros de Entrevista:
Entrevistado: Barney Mossman
Entrevistador: Dr. Reeves
Barney Mossman 17/12/2004 Registro de Entrevista:
Entrevistador: Seu nome é Barney Mossman, certo?
Barney Mossman acena com a cabeça em confirmação
Entrevistador: Que fique registrado que o Sr. Mossman acenou com a cabeça em confirmação.
Barney Mossman: Vamos cara, para que estou aqui?
Entrevistador: Sr. Mossman, tenho certeza que lhe disseram, você está aqui para nos dizer sober a grande criatura bovina que supostamente pertence ao seu empregador.
Barney Mossman: Você quer dizer o Grande Charlie?
Entrevistador: É o nome do bovino ou do seu empregador?
Barney Mossman: É a vaca. Não fui eu que escolhi, ele já tinha esse nome quando começei a trabalhar lá alguns anos atrás.
Entrevistador: Então você não sabe a origem dele?
Barney Mossman: Não, cara, eu não sei de nada.
Entrevistador: De nada mesmo?
Barney Mossman: Bem, quero dizer, tudo que sei é que o alimentamos com feno, mas ele também come o que quer que esteja ao redor como madeira e tijolos, e às vezes as outras vacas.
Entrevistador: Há quanto tempo vocês tem a criatura?
Barney Mossman: Já disse, cara, não sei. Trabalho lá há cerca de 4 anos e já o tinham quando comecei a trabalhar lá. Eles me disseram para nunca contar a ninguém sobre ele.
Entrevistador: Interesting, so why did you keep it alive and not just slaughter it?
Barney Mossman: Ele é fodidamente mais forte, cara, eu só alimento aquela maldita coisa, eles nunca me contariam.
Entrevistador: Tudo bem. Bem, há mais alguma coisa que você possa me dizer?
Barney Mossman: Não. Eu quase não conseguia vê-lo, só às vezes coloco feno em seu cercado. Ele não é meu departamento, eu sou o zelador.
Entrevistador: Ok. Então, onde você estava quando a coisa escapou da posse de seu empregador?
Barney Mossman: Eu estava em casa porque era noite.
Entrevistador: E o que você estava fazendo?
Barney Mossman: Bem, eu estava no meu computador até as 23:00 e depois fui dormir. É isso aí. Você pode olhar para o meu histórico na internet, eu juro que é onde eu estava.
Entrevistador: E o que aconteceu na manhã seguinte quando você foi trabalhar e ele se foi?
Barney Mossman: Cheguei tarde naquele dia porque estava acordado até tarde na noite anterior. O Sr. Fine enlouqueceu dizendo que eu ou o Rory o havíamos vendido para "nossos concorrentes", o que tenho certeza de que não são nada, já que somos os únicos em mil milhas.
Entrevistador: Você tem idéia de como ele deve ter escapado?
Barney Mossman: De jeito nenhum cara, aquele curral em que ele estava é o curral mais resistente que já vi na minha vida, só alguém com as chaves poderia ter aberto.
Entrevistador: Você acha que Rory Gildson ou Jeff Fine poderiam ter o vendido ou algo assim?
Barney Mossman: De jeito nenhum cara, aqueles dois amam aquela coisa. Rory trata como se fosse seu filho ou algo assim e o Sr. Fine nunca faria isso.
Entrevistador: Explique por que o Sr. Fine não faria isso.
Barney Mossman: Não sei, cara, ele trata aquela coisa como um Deus ou algo assim. Como eu disse, eles nunca disseram por que o mantiveram, então eu realmente não sei por que, mas sei que ele nunca faria isso.
Entrevistador: Rory Gildson saberia?
Barney Mossman: Provavelmente. Se você quiser saber alguma coisa sobre o Grande Charlie, pergunte a ele. Eu apenas o alimento, mas Rory o limpa, lhe faz exames e outras coisas
Entrevistador: Muito bem então, Sr. Mossman, acho que se isso é tudo o que pode nos dizer, então terminamos aqui.
<Fim do Registro, 17 de Dezembro de 2004, 15:22>
Entrevistado: Rory Gildson
Entrevistador: Dr. Reeves
<Ínicio do Registro, 17 de Dezembro de 2004, 22:00>
Entrevistador: Seu nome é Rory Gildson, certo?
Rory Gildson: Certo.
Entrevistador: Ok. Vamos começar a entrevista.
Rory Gildson: Tudo bem.
Entrevistador: O que você pode me dizer sobre a vaca?
Rory Gildson: Bem, o que você quer saber?
Entrevistador: Vamos começar do começo; o que é aquela coisa?
Rory Gildson: Bem, compramos uma vaca prenhe de alguém, tipo, duas pelo preço de uma, e um dia, o bezerro caiu da mamãe vaca. Como se tivesse rasgado de seu peito. Não tinha cordão umbilical e não se mexia, por isso, pensamos que estava morto. Também parecia nojento pra caralho. Nós o puxamos para fora, mas na manhã seguinte ele acordou em algum momento e tentou entrar no celeiro. Nós pensamos "Esse carinha está fodido, talbez alguém queira comprá-lo para algum estudo científico ou show de horrores", então levamos para dentro.
Entrevistador: Há quanto tempo foi isso?
Rory Gildson: Foi há nove anos. Tentamos nos livrar dele postando um anúncio nos jornais locais, mas—
Entrevistador: Espere, um anúncio sobre a venda da criatura?
Rory Gildson: Sim.
- Nota do Editor: o Anúncio foi editado com sucesso de todos os registros públicos
Entrevistador: Ok, continue.
Rory Gildson: O quê?
Entrevistador: Nada, apenas continue.
Rory Gildson: Tudo bem. Bem, colocamos o anúncio, mas ninguém o queria, então decidimos que era apenas um desperdício mantê-lo e provavelmente não seria uma boa idéia soltá-lo na natureza, porque não sabemos o que é, e fazer isso poderia estragar o ecossistema ou algo assim, então decidimos finalmente acabar com sua miséria. Então pegamos uma arma de gado e a cologamos bem entre seus olhos redondos e puxamos o gatilho. Houve um som de "thunk", mas nada aconteceu
Entrevistador: E você tem certeza que a arma não foi comprometida de forma alguma?
Rory Gildson: Sim, ela foi. quando tentamos de novo, acabou quebrando a arma. Então decidimos cortar sua garganta e deixá-lo lá, mas ele mal sangrou. Então, em seguida, tentamos cortar completamente sua garganta, mas ainda não parecia afetá-lo. Decidimos tentar abatê-lo bem onde estava, mas ele nem reagiu. Quando terminamos, ele era praticamente um esqueleto. Queríamos tirar algum proveito desta compra, então decidimos apenas embalar a carne com o resto e esperarmos que ninguém notasse.
Entrevistador: Como você sabia que a carne não era tóxica ou algo assim?
Rory Gildson: Não sabíamos. Mas, alguns dias depois, percebemos que ele havia crescido de volta a maior parte do que cortamos dele. Cortamos mais um pouco e provamos nós mesmos. Não tinha gosto diferente de carne normal. Foi como um milagre. Uma vaca que come qualquer coisa pela frente e produz carne infinita. Claro, ainda temos outras vacas para mostrar para que as pessoas não fiquem curiosas de onde vem a nossa carne, mas elas não gostam do Grande Charlie. Se eles chegarem muito perto e Charlie ficar com muita fome, ele os comerá. Mas não nos importamos, ele vai produzir carne suficiente para cobrir os dois.
Entrevistador: Fascinante. Você pdoe me dizer mais alguma coisa?
Rory Gildson: Ele é estéril.
Entrevistador: Ok. Mais alguma coisa?
Rory Gildson: Bem, não realmente, isso é tudo que há para dizer. Mas você não pode tirá-lo de nós, ele é nossa propriedade privada e, como é a única razão pela qual não estamos sem emprego, você legalmente não pode levá-lo.
Entrevistador: Claro.
Rory Gildson: Eu pesquisei.
Entrevistador: Você tem idéia de como ele escapou de sua posse?
Rory Gildson: De jeito nenhum. Barney sempre tranca bem, aquele curral é o mais forte que já vi, não há como ele quebrá-lo, e o Sr. Fine nunca deixaria isso acontecer.
Entrevistador: É verdade? Você não sabe por quê?
Rory Gildson: Bem, suponho que seja porque ele fornece para nós, ele é a razão de termos um emprego. Também é provavelmente mais do que isso, acho que ele pensa nele como um animal de estimação ou algo assim. Ele adora o Grande Charlie.
Entrevistador: Interessante. Há mais alguma coisa que você gostaria de dizer?
Rory Gildson: Acho que não. Quando vou ver o Grande Charlie de novo?
Entrevistador: Você não vai. Obrigado por cooperar, acredito que terminamos aqui.
<Fim do Registro, 17 de Dezembro de 2004, 24:29>
Entrevistado: Jeff Fine
Entrevistador: Dr. Reeves
<Begin Log, December 18, 2004, 00:15>
Entrevistador: Você é o Jeff Fine, certo?
Jeff Fine: Sim.
Entrevistador: E você é o dono do matadouro Butcher's Block?
Jeff Fine: Sim.
Entrevistador: O negócio de seus funcionários é abrigar e alimentar uma criatura bovina?
Jeff Fine: Sim.
Entrevistador: Você pode nos falar mais sobre isso?
Jeff Fine: Comprei uma vaca grávida de um cara. Eventualmente, deu à luz. E esse era o Grande Charlie.
Entrevistador: Eu sei sobre o nascimento e a maneira como você cortava a carne dele. Há mais alguma coisa que você poderia me dizer?
Jeff Fine: Tentamos vendê-lo pensando que alguém deveria querer estudar ou algo assim, mas ninguém o tocaria. Eu disse aos meninos para colocá-lo no chão, mas a arma de gado nem quebrou seu crânio. Então tentaram cortá-lo onde ele estava. Nos dias seguintes, enquanto esperávamos a sua morte, percebemos que ele havia crescido novamente, então decidimos aceitar essa bênção.
Entrevistador: Ok. E o que você estava fazendo na noite de 12 de Dezembro de 2004 quando a criatura escapou?
Jeff Fine: Eu estava apenas orando.
Entrevistador: Para quem, quando e onde?
Jeff Fine: Por que você precisa saber?
Entrevistador: Sr. Fine, responda a pergunta.
Jeff Fine: Para Grande Charlie.
Entrevistador: Oh?
Jeff Fine: Tenho feito isso todas as noites desde que o recebemos.
Entrevistador: E por que isso?
Jeff Fine: Você ouviu o que eles disseram! Ele não sente dor, você não pode matá-lo, ele fornece para nós! Ele é nosso salvador!
Entrevistador: Então por que você pensaria em orar para ele?
Jeff Fine: Eu apenas senti algo quando estava perto dele. Eu poderia dizer que ele queria fazer esse sacrifício por nós. Desde que ele tentou entrar no celeiro depois que o expulsamos como idiotas sem coração, eu sabia que ele gostava de nós.
Entrevistador: E como você ora pra ele?
Jeff Fine: Bem, eu abria seu curral, tirava minhas roupas para ser puro diante ele, deitava e recebia suas bênçãos.
Entrevistador: E como você faz isso?
Jeff Fine: Eu bebo o sangue dele. Ele não precisa disso, mas seu coração bate e produz sangue para nós.
Entrevistador: E por que você nunca contou a seus amigos sobre ele?
Jeff Fine: Eu sei que Charlie não gostaria deles. Eu vi como ele reage quando eles estão perto dele em comparação a mim. Ele ainda fornece para eles, mas eu sou o único que ele permite receber suas bênçãos pessoais.
Entrevistador: E dessa vez ele passou por você e escapou?
Jeff Fine: Sim. Mas ele não podia estar fugindo, ele devia ter um objetivo.
Entrevistador: Ele já havia mostrado sinais desse tipo de comportamento antes?
Jeff Fine: Não, de forma alguma. Não sei por que ele faria isso, mas tem que ser por um motivo. Nem todos podemos saber o que aqueles que sabem melhor do que nós estão pensando.
Entrevistador: E esta oração funcionou para você?
Jeff Fine: Grande Charlie não responde apenas a todas as orações, quer queira quer não. Ele sabe o que é melhor para nós.
Entrevistador: Então isso é um não?
Jeff Fine: Como você ousa questionar Grande Charlie! Ele sabe o que é melhor para todos nós! Eu acabei por aqui! Não preciso ficar respondendo a perguntas como essa!
Entrevistador: Ei, não terminamos aqui até que eu diga. Sente-se.
Jeff Fine: Me deixe sair! Eu preciso ver o Grande Charlie! Preciso ver se ele está bem!
Entrevistador: Sr. Fine, sente-se!
Jeff Fine tenta virar a mesa de entrevistas
Jeff Fine é tranquilizado pelo segurança de plantão
Entrevistador: Droga. Fim do Registro
<Fim do Registro, 18 de Dezembro de 2004, 01:34>
Atualmente não se acredita que a adoração de SCP-4158 por Jeff Fine seja devido a qualquer efeito anômalo, como sugerido por um estudo de funcionários que não mostraram práticas religiosas ou rituais anormais após trabalhar com SCP-4158.
Neste momento, parece não haver razão para desacreditar qualquer uma das reivindicações feitas. Os trabalhadores e vacas que estavam em posse do Matadouro Butcher's Block na época foram todos administrador com amnistica Classe E. O Matadouro Butcher's Block foi fechado sob a alegação de que foi por violação de código de saúde e os funcionários foram presos por negligência.
A identidade do homem que vendeu a Jeff Fine a vaca grávida que deu à luz a SCP-4158 ainda é desconhecida.